No corre corre diário existem momentos de total falta de consciência sobre a importância do simples.
Somos engolidos pela rotina diária, dilacerando-nos internamente, alterando os nossos sentidos e reações. O consumismo, o egocentrismo e todos os “ismos” desta busca louca para atingir um objetivo, causam danos profundos e difíceis de reparar.
Perdemos tempo na tentativa de economizar este “tempo” para estarmos sós: atrás de uma máquina, interagindo no espaço e esquecendo a importância do cara-a-cara. E não temos como parar este relogio e muito menos voltar atrás, ou avançar no futuro para consertar algo que poderia ser evitado.
O escudo “virtual”. Desnudamos-nos perante os outros e às vezes assumimos posturas estranhas e esquecemos os nossos valores. Interpretamos personagens irreais, e, quando o espetáculo termina vem a sensação torpe, como uma alta dose de um alucinógeno injetado nas veias com o seu previsível efeito rebote a curto prazo.
O lado negativo de isso tudo é o desencontro: a falta de respeito, a descarga pública, as palavras sujas, a escala de valores invertida, o acreditar em rumores, a intolerância, o magoar-se por ser excluído das redes sociais.
Anos de convivência real destruída pelo espaço virtual. Triste, insano, surreal… até cair no mais profundo silencio de sentimentos: insensibilidade.
O bacana da tecnologia é a alegria do reencontro com o passado, com as suas raízes e a nostalgia dos bons sentimentos. Familiares, amigos, colegas e companheiros de uma longa caminhada.
O ser humano precisa de motivação constante (provado e comprovado milhares de vezes) para sentir-se vivo. Necessitamos desafíos: um novo caminhar, ver e conhecer gente diferente, novas oportunidades, errar e acertar, reeditar o velho, reencontrar a essência do simples, metamorfosear-se a si mesmo (a).